Saber manter em equilíbrio o fluxo de Dar e Receber é uma arte.

Muitas vezes sentimos que estamos só dando.
Damos apoio, damos informação, damos elogios, damos, damos, damos…
Damos até nosso tempo, nossos dons, nosso trabalho.

Quando isso acontece, nós tiramos a harmonia do processo.
É como se abríssemos uma torneirinha, esperando o outro beber da nossa fonte, e como o outro na maioria das vezes não pediu aquilo, não pagaria por aquilo, não tem interesse legítimo em viver, ouvir, aprender aquilo naquele momento, ele deixa a torneira aberta, indefinitivamente, sem dar valor ao que dela está saindo.

E nós olhamos para aquela situação, indignados: “Mas como essa pessoa não enxerga o valor do que estou oferecendo? Meu tempo, minha energia, minha doação?”

E no final disso tudo, sabemos que a conta deverá se paga por nós. De tudo o que foi desperdiçado na vazão desenfreada da nossa torneirinha.

Amados, nós, humanos, atribuímos valor às coisas. Todos, eu e você. E o outro.

As coisas, por si só, não têm valor algum, senão aquele que damos a elas.

Assim, uma informação terá o valor que o outro estiver disposto a dar a ela naquele momento.

Preste atenção no seu modus operandi: se você sente que tem doado mais do que recebido, provavelmente você não está reconhecendo o valor do seu próprio trabalho. Você não está conseguindo ver o quanto investiu para chegar até onde chegou: seu tempo, dinheiro, sua dedicação e esforço para assimilar e viver tudo aquilo.

Se você está doando demais, há enormes chances de que você também esteja se colocando na cadeira da vítima: “eu faço tanto e nada recebo. Eu sempre dou e não tenho o retorno esperado.”

Se você está doando demais, é porque você está esperando que o Universo te valorize – sem que você mesmo esteja se valorizando.

Hoje, olhe para a sua realidade e veja qual a lacuna que você mesmo ou mesma está deixando, na esperança de que alguém de fora (ou até mesmo o Universo) a preencha.